PROFESSORA DA REDE MUNICIPAL FICA EM 3º NO ‘PRÊMIO EDUCADOR NOTA 10

  • 13/11/2024
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PROFESSORA DA REDE MUNICIPAL FICA  EM 3º NO ‘PRÊMIO EDUCADOR NOTA 10

A professora Givanilda Maria Silva Antunes, da rede municipal de ensino, ficou em terceiro lugar no ‘Prêmio Educador Nota 10’, uma das mais prestigiadas premiações no campo da educação básica no Brasil. Ela concorreu no eixo ‘Inovação e Tecnologia’ ao desenvolver um trabalho na sala do Berçário 1, do Cempi (Centro Educacional Municipal de Primeira Infância) ‘Profa. Maria de Lourdes Ferraz Guimarães’, localizado na Zona Leste de Mogi Mirim. Devido ao grande impacto na vida dos bebês e da comunidade da creche, o projeto de Givanilda foi selecionado para estar entre os três finalistas da categoria.

O evento de premiação aconteceu na noite de terça-feira (12), em cerimônia na Pinacoteca, em São Paulo, e contou com a presença de representantes do Ministério da Educação, do Conselho Estadual de Educação e de secretarias municipais e superintendências de educação. As supervisoras escolares, Seomara Guedes e Maria Inês Augusto Balbino, participaram da solenidade representando a Secretaria de Educação de Mogi Mirim.
Na ocasião, foram revelados os primeiros, segundos e terceiros colocados das três categorias em disputa: Direitos Humanos, Tecnologia e Inovação e Sustentabilidade. Givanilda disputou o prêmio máximo, em seu eixo temático, com os professores Maurício Soares, do Instituto Federal do Ceará, em Juazeiro do Norte (CE), e Helder Guastti, da Emef ‘Pedro Nolasco’, de João Neiva (ES). Com o terceiro lugar, a professora mogimiriana recebeu um prêmio de R$ 15 mil, uma bolsa integral de pós-graduação e um troféu alusivo à sua colocação. O vencedor da categoria foi Helder Guasti, que também foi eleito o Educador do Ano.
“Quero agradecer ao Instituto Somos pela oportunidade de proporcionar aos finalistas que pudéssemos mostrar nosso trabalho e dar visibilidade”, ressaltou Givanilda após receber seu prêmio. O Instituto Somos é o responsável pelo ‘Prêmio Educador Nota 10’. O seu presidente, Guilherme Melega, presente no evento, foi enfático ao dizer que a iniciativa é considerada o ‘Oscar da educação brasileira’. “Essa premiação transforma e traz muita responsabilidade em carregar a educação, quer na sala de aula, quer influenciando outros educadores”, apontou.

O PROJETO
Com o objetivo de garantir aos bebês o direito ao brincar livre e de mover-se pelo espaço da sala referência e áreas externas de forma autônoma, o projeto “Vida e Movimento no Berçário” foi aplicado entre abril e dezembro de 2023 e contribuiu para o desenvolvimento de um grupo de 14 bebês com idade de 4 meses a 18 meses de vida. A iniciativa propõe uma nova forma de organizar berçários, uma alternativa ao assistencialismo tradicionalmente presente nesses ambientes.
A experiência sugere a organização de um local onde as crianças tenham a oportunidade de brincar e agir com liberdade, tendo seus tempos individuais e diversidades respeitados, inclusive no que diz respeito a horários de sono e alimentação. Em linhas gerais, o projeto apresenta o passo a passo trilhado pela professora para promover as modificações propostas.
O primeiro passo foi retirar estantes, armários de aço, brinquedos industrializados e estereotipados que eram pobres em oferecer um brincar potente. Com o apoio da gestão da creche, os armários foram retirados. Os pais dos bebês contribuíram com doações de objetos do cotidiano, como peneiras, funis, potes e bacias.
Por meio de recursos próprios, a professora, juntamente com a educadora do Cempi, providenciou móveis para apoiar o movimento livre dos bebês, como um túnel de madeira, um circuito de madeira com rampa e escalena, inspirados na Abordagem Pikler, estante de madeira na altura dos bebês com objetos para serem explorados por eles o alcance da mão, disponíveis durante toda a jornada deles na creche.
Foram organizados espaços circunscritos para apoiar a pesquisa dos bebês, como locais para os materiais não estruturados (cones, cilindros vazados, carretéis); para os objetos do cotidiano (forminha de alumínio, colher de madeira, funil, peneira, pratos e copos); para a pesquisa dos elementos naturais (sementes grandes, tocos de madeira, cabaças, porongos); e para a leitura com livros cartonados. “Foi uma inovação total da sala dos bebês”, enfatizou.


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